Há algum tempo a religião vem ensinando que a vitória do cristão esta diretamente ligada ao esforço que este faz individualmente para agradar a Deus. Grande engano.
Este é um dos maiores erros da religião. Ensina-se as pessoas que os presentes (bençãos ou vitórias) que estes desejam ganhar de Deus dependem de seu bom comportamento.
É como se fosse um sistema de troca, onde ganha mais quem é mais bonzinho.
Notem que este ensinamento inicia-se já na Escola Bíblica Dominical.
No programa de ensino das professoras há a metodologia da compensação, onde o aluno aplicado, que não falta, que decora os textos bíblicos, que traz sempre a sua bíblia e participa das aulas é recompensado pelas seus acertos e cumprimento das tarefas.
Não há nada de errado nesta metodologia, aliás corretamente usada pode trazer muitos benefícios a pessoas e grupos.
No entanto, quando falamos de relacionamento com Deus não é possível a aplicação deste modelo, pois tudo é por GRAÇA, ou seja, algo que recebemos SEM MERECER.
Quem nunca ganhou um honra ao mérito na EBD? ou brindes e elogios pelo esforço e dedicação durante as aulas?
Isto faz com que a criança cresça inserida nesse contexto de troca, onde os bons são recompensados e os não tão bons, são diminuídos.
Obviamente este sistema é transportado ao relacionamento pessoal com Deus. Este aprendizado leva a criança, futuro adolescente/jovem/adulto, a construir uma falsa verdade: "se eu fizer tudo certo e me esforçar bastante, alcançarei a VITÓRIA".
A partir daí o ser humano vive uma vida inteira tentando ser bom o suficiente para merecer a graça de Deus. Será um longo caminho de grandes frustrações.
Por que? porque a graça de Deus é um favor imerecido. Nada do que possamos fazer ou esforço algum que possamos produzir nos fará mais ou menos amado por Deus, nos trará mais ou menos vitórias e bençãos.
Depois da EBD vem os ensinamentos do púlpito que enfatizam a importância de seguirmos uma vida de bons princípios, pois assim agradaremos a Deus e consequentemente alcançaremos o SEU favor.
Não há problema em ter uma vida pautada em bons princípios. Pelo contrário, isso é muito bom.
O problema está em condicionar o favor, o amor, a graça de Deus ao esforço humano de ser bom.
Precisamos aprender que no Reino de Deus as coisas são diferentes.
A maioria das coisas que conseguimos na vida é fruto de nosso desempenho, exceto nossa relação com Deus. Esta independe do que fazemos.
A religião ensina: Seja bom e esforça-te para agradar a Deus, pois dessa forma ELE o amará e o abençoará. (A benção e o amor de Deus estão condicionados ao esforço humano).
O evangelho ensina: Deus o ama independente do que você é ou faça. Apenas ame a Deus e tenha prazer nEle, dessa forma serás bom sem precisar se esforçar. (A benção de Deus é uma consequência do SEU amor e graça).
Por isso dizemos: Fuja da Religião, Viva o Evangelho...
Deixemos a graça do TODO PODEROSO fluir em nossa vida miserável sem a presunção de acharmos que a alcançaremos sendo bons.
Ledinei Espindula
E o Deuteronômio 28 ? Não preciso obedecer o que diz ali, para ser abençoado ?
ResponderExcluirLuciano Marengo - 05.01.2012
Não. Todos podem ser abençoados por Deus, conforme SUA soberana vontade.
ResponderExcluirNão somos abençoados por obedecer mas sim por sermos filhos de Deus e aceitar SUA graciosa paternidade.
Não é a nossa BONDADE que nos levará a ser abençoado mas sim a BONDADE de DEUS, que tem prazer em abençoar seus filhos.
É claro que OBEDECER é bom e importante, até porque OBEDECER agrada a Deus.
Mas não é o fato de agradar a Deus que me trará benção. Devo agradá-LO porque O amo, e não porque quero ser abençoado.
Se levarmos em conta o texto de Deuteronômio 28 (antiga aliança) receberíamos mais as maldições que relata-se depois do verso 14 do que as bençãos dos primeiros versos, pois ninguém, absolutamente ninguém de nós consegue observar TODOS os mandamentos, como diz o verso 1.
Enfim, usa-se esse texto fora de contexto para corroborar a teologia da prosperidade, afirmando que se obedecermos seremos abençoados.
A obediência deve ser algo prazeroso e espontâneo e não uma base de troca para ser abençoado.
O Evangelho não enfatiza as bençãos mas sim o relacionamento com Deus e com o próximo, em amor.