quarta-feira, 27 de junho de 2012

MARIONETE - será que sou uma???

Surgiu na França, em plena idade média, as chamadas marionetes, diminutivo de Marion, no português, Maria. Tem esse nome, óbvio, por causa da sua criadora.

Foi criada como uma forma de entretenimento para crianças e adultos.

É composta por três elementos estruturais: 

- o boneco ou figura animada, representando um ser humano, animal ou criatura antropomórfica; 
- os fios de comando, que comunicam ao boneco os gestos e ações pretendidas pelo animador; 
- o comando ou cruzeta, destinada à controlar os fios e os movimentos do boneco.

Trata-se de uma técnica comum em diferentes culturas, mas com uma grande complexidade formal, tanto na construção da figura como do seu sistema de manipulação (comando ou cruzeta). A funcionalidade da marioneta depende de uma compreensão adequada dos seus princípios mecânicos e estruturais. Trata-se de uma arte ancestral, que evoluiu a partir de pressupostos técnicos de base, incorporando permanentemente novas tecnologias e materiais ao longo da sua história.

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Bem, quem de nós já não foi o BONECO ou o ANIMADOR no teatro da vida????

Desde criança esses conceitos de manipulação começam a aflorar em nossas vidas. Alguns parece que tem o dom de MANIPULAR, outros, o de ser MANIPULADOS.

Percebemos nas brincadeiras entre crianças que sempre tem uma que manipula as outras para conseguir o que quer, seja a brincadeira escolhida ou o doce pretendido.

Alguns pais olham com orgulho o comportamento manipulador do filho e pensam: "meu filho é um líder nato...".

O fato é que, em nossa sociedade, acabamos por honrar este tipo de comportamento manipulador que é exercido sobre outras pessoas e damos a ele a importância de uma qualidade excepcional para quem deseja ser LÍDER.

No entanto, o grande problema da manipulação é que o manipulado é privado de seu poder de decisão, pois alguém decide por ele, alguém define a direção para ele.

Isso é ruim? Depende... Para o MANIPULADO isto é extremamente confortável, pois evita o trabalho de pensar e esquiva-se da responsabilidade de decidir. Se não der certo, a culpa é transferida para o MANIPULADOR.

Por isso sempre vão existir os MANIPULÁVEIS. E os MANIPULADORES, sabendo disso, utilizam sua estratégia de manipulação para benefício próprio.

Nas grandes empresas, repartições, escolas, setor privado e instituições de qualquer natureza podemos perceber nitidamente a presença destes 02 personagens: o MANIPULADOR e o MANIPULADO. 

Infelizmente temos visto isto dentro da igreja, aqui falo de instituição religiosa. A grande maioria dos líderes utilizam esta estratégia no relacionamento com seus liderados e, na maioria das vezes, para conseguir o que querem. 

É culpa somente dos líderes?? Não. Os liderados são tão culpados quanto os líderes que exercem a manipulação, pois permitem este tipo de relacionamento.

É a questão do comodismo, do conforto, da tranquilidade, da transferência de responsabilidade. "Ao invés de tomar a decisão, vou ao meu líder que ele me ajudará...". Então, o líder, ao invés de fazer o indivíduo pensar e deixar que ele tome a decisão embasado na Palavra de Deus, acaba interferindo e decidindo (manipulando) pelo seu liderado.

Vez por outra algum pastor (líder) diz: "este(a) é o homem (mulher) de Deus para vc...", "abra esse negócio...", "compre isso...", "largue tudo...", "faça isso, faça aquilo...".

O MANIPULADO então pensa: "já que é o pastor que está falando e sei que o ele ora bastante e tem comunhão com Deus, então vou fazer...".

Se não der certo, o MANIPULADO facilmente transfere a culpa para o pastor e o MANIPULADOR, por sua vez, acusa o MANIPULADO de ter feito alguma coisa errada.

E o ciclo continua...

Por este motivo é que existem milhares de pessoas FERIDAS EM NOME DE DEUS. Pessoas que abriram seus corações para seus líderes e estes interferiram na vida particular de seus liderados e pior, utilizaram o nome de Deus para esta estratégia manipuladora.

Portanto, vamos ser razoáveis. Deixemos de ser seguidores de líderes e sigamos a Jesus. Deixemos de ouvir as ´sábias palavras´ de alguns líderes dominadores e ouçamos a PALAVRA DE DEUS que é a verdade e nEla não há engano.

Paremos de correr atrás de profetas e de ´homens e mulheres de Deus´ como auto se intitulam.

Corramos atrás de Deus. Corramos atrás da Palavra do Senhor.

Enfim, o conselho é: Fuja da falsa religião, afaste-se dos maus líderes. Viva o evangelho e a Graça do Senhor. Conheça a Palavra e pratique-a.

Ledinei Espindula

sexta-feira, 22 de junho de 2012

COBERTURA ESPIRITUAL - Mito ou Verdade????


ouviram falar da historinha de que a cobertura espiritual é semelhante à um guarda-chuvas? Na verdade é mais uma analogia para ilustrar a "doutrina da cobertura espiritual" QUE INVENTARAM NA IGREJA MODERNA.

VEJA ABAIXO O QUE UM CONHECIDO BISPO DE UMA IGREJA NEO-PENTECOSTAL COLOCOU A RESPEITO DO ASSUNTO:
 
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"Quando você estuda a Bíblia percebe, entre outras coisas, a importância da cobertura espiritual sobre nossas vidas. Cobertura esta manifestada através da Igreja e de suas autoridades delegadas.
A cobertura espiritual é o condutor do que a Igreja pode nos oferecer. Como a Igreja é o Corpo do nosso Senhor Jesus, tudo o que o Senhor Jesus pode fazer em nós e através de nós acontece quando estamos sujeitos à cobertura espiritual.
Um famoso escritor cristão chinês comparava a autoridade espiritual como um guarda chuva. O guarda chuva nos protege de sermos molhados bem como a cobertura espiritual impede-nos de sermos contaminados pelo mundo.
Foi Deus que instituiu a cobertura espiritual em nossas vidas, e segundo o Apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos, ela foi constituída para o nosso bem. Ela é importante para nossa vida, pois demarca limites em nossas vidas.
Uma árvore para crescer bem, bonita e na direção correta deve ser podada sempre. Um cristão para crescer segundo a vontade de Deus, na direção correta, necessita de uma pessoa para “podá-lo” quando necessário.
Estabelecer limites em nossas vidas é muito importante. Um pai cria bem seus filhos através de limites estabelecidos que moldem o caráter da criança. Quando cresce, será uma pessoa com caráter bem formado.
O nosso Deus é um pai bondoso e atencioso. Como bom Pai que é Ele estabelece limites para crescermos saudáveis e através da autoridade espiritual por Ele constituído é que somos edificados para este crescimento.
Reconheça a cobertura espiritual de Deus para a sua vida. A cobertura da Igreja, pois com ela você poderá declarar que “nenhuma arma forjada contra você prosperará”, pois este é seu direito como membro coberto da Igreja de Jesus."

Autor: Bispo Fábio Sousa

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Bom, vamos lá...

A primeira coisa que devemos analisar: É Bíblico o ensino da cobertura espiritual? 

Frank Viola, em seu livro "Quem é tua cobertura?" coloca uma análise profunda sobre este tema, ele coloca de maneira exegeticamente correta uma refutação a respeito, veja abaixo:

"É surpreendente que a palavra “cobertura” apareça apenas uma vez em todo o NT. É usada referindo-se à cabeça coberta da mulher (1 Cor. 11:15). Ao passo que o Antigo Testamento (AT) utiliza pouco este termo, sempre o emprega referindo-se a uma peça do vestuário natural. Nunca é utilizado de maneira espiritual ligando-o a autoridade e submissão.
Portanto, a primeira coisa que podemos dizer acerca da “cobertura” é que há escassa evidencia Bíblica para construir-se uma doutrina. Não obstante, incontáveis cristãos repetem como papagaios à pergunta “quem-é-tua-cobertura?” e insistem nela como se fosse a prova do ácido que mede a autenticidade de uma igreja ou ministério.
Se a Bíblia silencia com respeito à idéia da “cobertura” o que é que se pretende dizer com a pergunta, “Quem é tua cobertura”? A maioria (se insistíssemos) formularia esta mesma pergunta em outras palavras: “A quem você presta contas?”.
Mas isso suscita outro ponto difícil. A Bíblia nunca remete a prestação de contas a seres humanos, mas exclusivamente a Deus! (Mat. 12:36; 18:23; Luc. 16:2; Rom. 3:19; 14:12; 1 Cor. 4:5; Heb. 4:13; 13:17; 1 Ped. 4:5).
Por conseguinte, a sadia resposta Bíblica à pergunta “a quem prestas contas?” É bem simples: “presto contas à mesma pessoa que você, a Deus”. Assim, pois, é estranho que tal resposta provoque tantos mal entendidos e falsas acusações.
Deste modo, embora o tom e o timbre do “prestar contas” difira apenas da “cobertura”, a cantilena é essencialmente a mesma, e sem dúvida não harmoniza com o inconfundível canto da Escritura. 
Trazendo à Luz a Verdadeira Pergunta que se Esconde Atrás da Cobertura Ampliemos um pouco mais a pergunta. Que é que se pretende realmente dizer na pergunta acerca da “cobertura”? Permito-me destacar que a verdadeira pergunta é, “Quem te controla?”. 
O (maléfico) ensino comum acerca da “cobertura” realmente se reduz a questões acerca de quem controla quem. De fato, a moderna igreja institucional está construída sobre este controle.
Consequentemente, a gente raras vezes reconhece que é isto que está na base da questão, pois se supõe que este ensino esteja bem ancorado nas Escrituras. São muitos os cristãos que crêem que a “cobertura” é apenas um mecanismo protetor.
Assim, pois, se examinarmos o ensino da “cobertura”, descobriremos que está baseado em um estilo de liderança do tipo cadeia de comando hierárquico. Neste estilo de liderança, os que estão em posições eclesiásticas mais altas exercem um domínio tenaz sobre os que estão debaixo deles. É absurdo que por meio deste controle de direção hierárquica de cima para baixo se afirme que os crentes estejam protegidos do erro.
O conceito é mais ou menos o seguinte: todos devem responder a alguém que está em uma posição eclesiástica mais elevada. Na grande variedade das igrejas evangélicas de pós guerra, isto se traduz em: os “leigos” devem prestar contas ao pastor. Que por sua vez deve prestar contas a uma pessoa que tem mais autoridade.
O pastor, tipicamente, presta contas à sede denominacional, a outra igreja (muitas vezes chamada de “igreja mãe”), ou a um obreiro cristão influente a quem considera ter um posto mais elevado na pirâmide eclesiástica.
De modo que o “leigo” está “coberto” pelo pastor, e este, por sua vez, está “coberto” pela denominação, a igreja mãe, ou o obreiro cristão. Na medida que cada um presta contas a uma autoridade eclesiástica mais elevada, cada um está protegido (“coberto”) por essa autoridade. Esta é a idéia.
Este padrão de “cobertura-responsabilidade em prestar contas” se estende a todas as relações espirituais da igreja. E cada relação é modelada artificialmente para que encaixe neste padrão. É vedada qualquer relação fora disto – especialmente dos “leigos” com respeito aos “líderes”.
Mas esta maneira de pensar gera as seguintes perguntas: Quem cobre a igreja mãe? Quem cobre a sede denominacional? Quem cobre o obreiro cristão? 
Alguns oferecem a fácil resposta de que Deus é quem cobre estas autoridades “mais elevadas”.
Mas esta resposta enlatada demanda outra questão: O que impede que Deus seja diretamente a “cobertura” dos “leigos”, ou mesmo do pastor?
Sem dúvida, o problema real com o modelo “Deus-denominação-clero-leigos” vai bem além da lógica incoerente e danosa a que esta conduz. O problema maior é que este modelo viola o espírito do Novo Testamento, porque por trás da retórica piedosa de “prover da responsabilidade de prestar contas” e de “ter uma cobertura”, surge ameaçador um sistema de governo que carece de sustento bíblico e que é impulsionado por um espírito de controle."

O ensino do "guarda-chuvas" referindo-se à cobertura espiritual se encaixa exatamente neste sentido que Frank Viola explicou acima, seria uma espécie de "proteção espiritual" de líderes para com seus "controlados" membros da igreja. Quem estiver debaixo da cobertura, estará protegido de ataques do maligno, de doenças, de crises financeiras, etc., como um guarda-chuvas protege da chuva.

O Bispo erra em afirmar que o crente tem que estar debaixo de uma cobertura para se proteger, pois com isso ele nega a responsabilidade individual de cada um perante seus atos (Rm 14:12), e o pior, condiciona um poder de proteção espiritual para eles mesmos que só Jesus pode nos dar. O Bispo afirma que "o agir de Jesus" no crente está condicionado ao mesmo estar debaixo da cobertura deles. Um absurdo! Onde está isso na Bíblia?

Se alguém pecar, não vai ser uma "cobertura" que vai livrar esta pessoa das consequências de seu pecado. E também não vai ser uma "cobertura eclesiástica" que vai livrar o Cristão da "contaminação do mundo". A santificação do Cristão agora depende de cobertura espiritual?

Este ensino escraviza e acomoda o Cristão à uma falsa proteção de líderes que, na verdade estão interessados em somente controlar e manipular os membros de suas mega-congregações. É Deus quem nos guarda e protege e não um líder eclesiástico com sua falsa doutrina de "cobertura de controle".

O referido Bispo erra também na afirmação de que nas igrejas existem "autoridades delegadas" que seriam os líderes eclesiásticos. O mesmo cita Romanos 13 para averbar que o Cristão deve se submeter as "autoridades delegadas por Deus".

Claro que temos obrigação de nos submeter as autoridades conforme esta passagem nos mostra, porém estas autoridades citadas em Romanos de maneira alguma são os líderes eclesiásticos! Na verdade o contexto da passagem não dá margem para tal afirmação.

Romanos 13, pelo contexto, é direcionado especificamente as “autoridades governamentais”. Não há evidência nem margem exegética nenhuma para afirmar que “também” é direcionada a “autoridade eclesiástica”. Quem afirmar o contrário estará torcendo o texto sem respeitar o contexto, desrespeitando assim as regras de exegese e hermenêutica!

Para se ter uma idéia desta tamanha distorção, Jesus foi bem categórico quando falou sobre este mesmo assunto:

"Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28 (Grifo meu).

Nesta passagem a Bíblia nos narra quando a mulher de Zebedeu, mãe de Tiago e João veio até Jesus com seus filhos para pedir-lhe que colocasse em seu reino os mesmos em posição de honra e autoridade ao lado direito e esquerdo de Jesus.(vs 21). Porém Jesus foi categórico com eles, como podemos constatar nos versos seguintes.

Será que Paulo em Romanos estaria se contradizendo com JESUS sobre o tema? Com certeza não, quem se contradiz são aqueles que afirmam que Rm 13 é direcionado também para a autoridade eclesiástica.

Não existe base bíblica neo-testamentária para que um crente tenha autoridade espiritual sobre outro crente. Isso é invenção de líderes dominadores que querem manipular e controlar o rebanho da Igreja de Cristo.

A única autoridade espiritual que existe na igreja perante os crentes é JESUS. A Bíblia diz em Mt 28:18 “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. (grifo meu)

Portanto, que fique este alerta contra esses líderes dominadores que, na verdade visam somente o controle absoluto de seus membros para interesses próprios. Você que é membro desta denominação tome cuidado. Analise tudo o que é ensinado em sua Bíblia, sem medo, seja nobre igualmente como os Bereianos de Atos 17:11 foram. Saiba que, fazer isso não é pecado de rebeldia, conforme muitos dizem por aí, pelo contrário, é bíblico e correto (1 Ts 5:21, 2 Tm 4:2-5).

Ruy Marinho - Blog Bereianos.
Soli Deo Gloria!

Postado por Ledinei Espindula

quarta-feira, 20 de junho de 2012

IMPORTAR-SE COM PESSOAS (Ensinamento de Jesus)



11 E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão;
12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
13 E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.
14 E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.
15 E entregou-o a sua mãe. (Lucas 7:11-15)

Este é um texto bastante utilizado em pregações nas igrejas evangélicas. E sempre que ouvimos uma explanação sobre o tema, observamos a ênfase colocada na vitória e no milagre da ressurreição. 

Na verdade é um texto bastante forte à apelação teológica na qual facilmente leva-se a platéia ao delírio quando enfatiza-se o poder sobrenatural do Senhor para realizar aquilo que necessitamos e aparentemente é impossível acontecer. 

A teologia moderna tem feito muito isso: utiliza textos do evangelho para incentivar o "público evangélico" (fiéis dizimistas e ofertantes na Casa do Tesouro) a buscar aquilo que, segundo ela, é seu por direito.

Ai surgem jargões neo-pentecostais como: "declare", "exija", "tome posse", "traga a existência", "profetize"... e por aí vai... que são ensinados como fórmulas para conquistar vitórias.

Ou então, quantas vezes ouvimos afirmações e perguntas feitas pelo pregador deste texto como: 

- "...em qual multidão você se encontra? naquela que anda com Jesus ou naquela que chora suas perdas???", "...naquela dos esperançados, ou nas dos sem esperanças...??" 

- "...ELE, Jesus, vai ao seu encontro para resolver seus problemas..."

- "...ELE fará o impossível por você..."

Realmente não são mentiras, mas a forma como é colocado nos passa uma falsa impressão que Jesus existe apenas para solucionar nossos dilemas e consertar nossa vida. É como se, estando com ELE, temos um amuleto que nos ajudará a seguir adiante. Isso, é claro, desde que se faça tudo o que a religião manda...

Mas interessante mesmo é notar que o texto é simples, assim como todo o evangelho o é. Acompanhe.

Jesus vinha de Cafarnaum, onde havia presenciado, segundo Ele, uma fé nunca vista. Era o encontro dELE com o servo de um centurião romano que impressionou Jesus com sua fé.

Depois Jesus dirige-se a Naim e quando está entrando na cidade juntamente com uma multidão que O acompanha, depara-SE com uma cena que O enche de compaixão: uma viúva trazendo seu único filho a sepultura.

Jesus entende que a viúva está enterrando juntamente com o corpo do seu filho todo o restante de esperança que lhe sobrara. A esta mulher pouco restara. Sem marido e sem filho, que por ela intercedesse, seria desprezada pela sociedade.

Então Jesus fez o que veio ensinar: COMPADECE-SE e RELACIONA-SE.

Sim, ELE vê a mulher (COMPADECE-SE), chega até ela (RELACIONA-SE) e diz: "não chores". É como se ELE falasse: "entendo tua dor, entendo teu dilema, sei como serás tratada pelas pessoas daqui para frente e movi-ME de compaixão por ti". 

Ao devolver o filho aquela mãe ELE devolve também sua dignidade e sua esperança.

Com esta atitude, Jesus está nos ensinando a olhar ao redor, observar os que estão próximos, identificar suas necessidades, compadecer-se de suas misérias e estender a mão para amar e ajudar o próximo.

Isso mesmo. Foi algo sobrenatural o que ELE fez? Ressuscitar um garoto? Sem dúvida alguma...

Mas o mais importante no texto é o ensinamento claro que devemos nos IMPORTAR com pessoas, devemos nos COMPADECER de pessoas, devemos ser ÚTEIS a pessoas.

Assim é o evangelho. AMOR, RELACIONAMENTO e COMPAIXÃO.

Como eu e você temos agido diante das necessidades dos que nos rodeiam?

- alguém choroso por uma perda;
- alguém triste por uma desilusão;
- alguém desmotivado;
- alguém necessitando de um abraço;
- alguém precisando de esperança;
- alguém precisando de ajuda financeira;
- alguém carente de uma palavra de orientação...
- alguém... alguém... alguém...

No entanto, nos sentimos confortáveis em apenas cumprir a religião, levando nossos dízimos e ofertas a Casa do Senhor, obedecendo as palavras de nossos pastores, trabalhando com afinco nos ministérios da igreja como se tudo isso aquietasse nossa alma no sentido de 'dever cumprido'...

...e esquecemos o principal que foi ensinado por JESUS: IMPORTAR-SE COM PESSOAS; AMAR PESSOAS, VIVER O EVANGELHO.

E aí??? Como você tem agido???

Enquanto é tempo FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO (que é simples...)

Ledinei Espindula

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Serei eu apenas mais um da fila?????

É impressionante como temos facilidade de ser guiados por outras pessoas.
Mas por que será?
Talvez porque isso facilita nossas vidas?
E será isso bom ou ruim???

Bem, o fato é que ao entrar em algum grupo, seja ele qual for, toda pessoa identifica, rapidamente o líder, o guia. E normalmente esta pessoa acaba seguindo suas orientações e imitando suas ações. Isso pode ser muito preocupante, pois nem todos tem a capacidade de avaliar o que é bom ou ruim quando ouve as orientações do líder do grupo
.
Trazendo isso para dentro das igrejas evangélicas que começamos a presenciar alguns problemas de "ordem natural" e não "de ordem espiritual" como alguns acreditam ser.

Pessoas lideradas seguem exatamente a fala de seu líder, acreditando e obedecendo fielmente suas ordens sem avaliar se são ética ou biblicamente corretas.

Vivendo numa época em que líderes/pastores/bispos/apóstolos estão dominados pela cobiça e pelo poder, nem todos é claro, fica muito difícil andar na fila com os outros do grupo.

E você?? Tem andado na fila sem questionar para onde está indo??

O Evangelho não ensina a dependência do líder/pastor/bispo/apóstolo/profeta/patriarca. Pelo contrário, o evangelho nos aponta que devemos depender de Deus, exclusivamente.

O líder/pastor pode pastorear e ajudar as ovelhas a encontrarem o caminho, mas NUNCA, JAMAIS poderá definir o trajeto ou manipular as decisões pessoais de seus liderados.

No entanto, na cultura evangélica atual é muito mais simples e cômodo depender do pastor/líder e seguir suas lindas palavras do que ponderar e tomar suas próprias decisões. Até porque em algumas entidades religiosas (igrejas) é proibido ou é pecado pensar.

Pensar pode levar a problemas técnicos para o bom andamento da comunidade local.

Concluindo, não é proibido e nem ruim andar na fila juntamente com os demais. Algumas pessoas necessitam, realmente, disto. A comunhão é bom.

O que deve se ponderar é:
Aonde esta fila está me levando?
Tenho eu sido manipulado pelo puxador da fila?
Sou eu apenas mais um da fila?
Será que devo permanecer nesta fila?

Pense nisso...

E enquanto é tempo: FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO...

Ledinei Espindula

terça-feira, 13 de março de 2012

É PECADO JULGAR??????

Existe um discurso politicamente correto que flui honrosamente da boca daqueles que geralmente odeiam a confrontação: "Vou à igreja, assisto o 'meu' culto, volto pra casa e não falo mal da vida de ninguém. Acho que se cada um cuidasse de sua própria vida e deixasse esse negócio de criticar o que é dito na igreja, nós teríamos uma igreja bem melhor."

Gente assim, dificilmente tem um senso crítico a respeito de sua fé. Não sabe por que crê. Não sabe no que crê. Contenta-se com uma fé cega, surda e muda. Afinal, dizem os tais, “ai daquele que tocar nos ungidos do Senhor”. Esquecem-se, porém, que, diferente do Antigo Testamento, todos fomos ungidos na Nova Aliança: "Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento (...). Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês (...)" - 1 João 2:20,27

Estamos testemunhando um tempo histórico, onde os crentes seguem à risca tudo aquilo que lhes é dito a partir de um púlpito, sem titubear (claro, desde que isso não conflite com todas as bênçãos que Ele tem guardado em sua cartola mágica).

Não sei o que é pior, vender aos crentes a bênção em forma de amuletos dos mais esdrúxulos ou comprá-la!

Será que ainda existem crentes que não entenderam que o que Jesus condenou foi o julgamento hipócrita, e não o julgar em si (Mateus 7:1-6)? Será que nunca estaremos prontos para tirar o cisco do olho de nosso irmão? Será que Jesus não foi o suficientemente claro ao dizer que depois de tirarmos a viga de nossos olhos estaríamos aptos para exercer o julgamento?

Ouso propor uma resposta: "O descaso do povo para com a Palavra continuará sustentando muitas mentiras, heresias e agressões à alma."

Ah... Que falta fazem os bereanos! O livro de Atos não poupa elogios quando diz que eles "eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo." (Atos 17:11).

Jesus disse: "Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos!" (João 7:24). Disse também: "Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo?" (Lucas 12:57). O Apóstolo Paulo também não deixou margem para dúvidas quando disse: "Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo." (1 Coríntios 10:15).

Há ainda aqueles mais pacificadores que, mansamente, nos lembram: "...ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom!" (1 Tessalonicenses 5:21). O problema nesse caso é, como diria meu professor Franco Júnior : "O que é bom?".

Afinal, como já disse aqui, o ruim não é receber e-mails criticando meus posicionamentos, o ruim é receber respostas baseadas na “achologia”. E convenhamos: esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos crentes hoje em dia. Não! Mil vezes não! A Bíblia é o nosso referencial.

E mais: não me importa quantos milhões de CDs vendeu o camarada que inventou a fábula de um Zaqueu que consegue chamar a atenção de Jesus - a Bíblia não diz isso. Não me importa o brilho reluzente do troféu da moça que quer te colocar no palco e humilhar os seus irmãos, a Bíblia não diz que será assim. Também pouco me importa se hoje é 9/9/2009 ou 10/10/2010, a sua bênção não custa R$ 900,00, nem custará R$ 10.000,00 no ano que vem, a Bíblia não respalda isso.

Por fim, não me importa quem "profetizou", nenhuma arca vai proteger a minha casa, mesmo com anjinho e tudo. A Bíblia diz que "...se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda." (Salmos 127:1)

Que Deus levante mais bereanos. Gente que duvida, que critica, que denuncia. Gente que pinta a cara, mas não é palhaço! Homens e mulheres que não tenham medo da verdade, custe o que custar. Só assim a igreja brasileira voltará ao caminho da verdade, afinal, para esse, não há atalhos.

Deus nos guarde dos lobos!

L. Rogério - Autor do livro “Adoração para Anônimos” (Editora Reflexão)

Extraído do site

Ledinei Espindula

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ouse pensar diferente... daremos um jeito em você...

Você já se sentiu como o personagem desta ilustração?
Nunca havia experimentado tal sensação até começar a pensar, ponderar e manifestar discordâncias com relação ao sistema religioso vigente na igreja.

Parece que não há espaço para opiniões e pensamentos divergentes daqueles preconizados e ensinados pelo sistema religioso local.

É necessário que todos pensem igual, ajam do mesmo modo e concordem com tudo o que o líder religioso ensina, utilizando-se da bíblia para tal, caso contrário, esta pessoa começa a ser vista como "alguém do mal". Isso faz com que a pessoa, mesmo que discorde de algumas coisas, torne-se adepta do mesmo modo de pensar e agir para poder ser visto sem preconceito pelos demais do grupo. É a famosa política da Aceitação.

Mas a qualquer possibilidade de ameaça que você gere contra o sistema vem logo uma intimidação: "olha, cuidado com a rebeldia", "não toques no ungido do Senhor, lembre de Davi...", "não ouse se levantar contra o escolhido de Deus" e demais frases intimidatórias utilizadas para amedrontar.

Ouvi certa líder dizendo sobre alguém que estava pensando diferente do sistema: "tadinho, tá doente... vamos orar por ele...".

Frequentemente ouvimos maldições proferidas de cima de púlpitos por ditos "servos do Altíssimo" sobre pessoas que pensam diferente do que o ensinado pelo sistema. E o pior é que usam a bíblia para embasar suas maldições. Isso mesmo. Isto é repugnante e totalmente contra o mandamento no qual Jesus resumiu todos os demais: "Amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a você mesmo."

Infelizmente o que temos visto dentro das igrejas, de um modo geral, é isso: "ou você pensa igual e defende nosso código de conduta ou damos um jeito de jogá-lo na fogueira e qualificá-lo como rebelde". Para o líder é fácil fazer isso, afinal ele tem o microfone e o respeito da maioria.

Pergunto:
Isso é amor ao próximo? Jesus agiria assim?
Será que Jesus atacaria ou amaldiçoaria alguém que ousasse discordar de seus pensamentos?
Será que Jesus gostaria de nos ver amaldiçoando aqueles que não aceitam doutrinas e pensamentos que defendemos como bíblicas e corretas? Ou será que Ele gostaria que apenas amássemos essas pessoas?
Até quando vamos matar pessoas que não aceitam nossas "verdades absolutas e imutáveis"?
Pense na sua resposta.

Temo que a igreja esteja caminhando para o contrário do que Jesus ensinou no evangelho.
Temo que líderes eclesiásticos estejam mais preocupados com códigos de conduta de suas igrejas do que com o amor as vidas.
Temo que alguns líderes estejam mais preocupados em alcançar a tão pregada prosperidade do que em cuidar de órfãos e viúvas.
Temo que os interesses pessoais de líderes atuais estejam acima dos interesses do Reino.
Temo que a igreja esteja fazendo, muitas vezes, um desserviço ao Reino.
Temo que a motivação de muitos líderes seja errada.
Temo que líderes têm ensinado aquilo que é conveniente para encher suas igrejas.

Lamentavelmente este é o panorama da igreja atual.

A religião tem sido mais adorada e honrada do que o próprio Deus.

Participei de uma cerimônia de ordenação em uma determinada denominação. Não pude deixar de observar que na declaração de lealdade a ordem era: primeiro ao pastor, segundo a igreja e seus interesses e em terceiro a Deus. Caramba, pode uma coisa dessa?

Enquanto agirmos dessa forma estaremos enganando a nós mesmos. Estaremos alimentando nosso próprio ventre e deixando de lado as prioridades do evangelho.

Diante disso tudo concluo:
FUJA DA RELIGIÃO, FUJA DOS MAUS LÍDERES, FUJA ENQUANTO HÁ TEMPO...
VIVA O EVANGELHO E A LIBERDADE PARA QUAL O SENHOR JESUS NOS CHAMOU...

Vale a pena não compactuar com as mentiras da religião e defender as verdades do evangelho, mesmo que para isso você seja empurrado para a fogueira...

PENSE NISSO,

Ledinei Espindula

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Como a Igreja tornou-se a igreja...


Leia com atenção esse texto de Cáio Fábio. É uma reflexão histórica sobre a secularização da Igreja de Cristo e sua transformação em igreja institucional. Até hoje confundem-se os termos Igreja e igreja.
A primeira é o Corpo de Cristo onde estão inseridos todos aqueles que O aceitam como Salvador e professam sua fé no Cristo verdadeiro, seguindo o Evangelho. A segunda é a instituição criada pelo homem com suas doutrinas e costumes (variáveis culturalmente). As 02 existem e você pode fazer parte de ambas ou apenas de 01 delas.
Participar da igreja não é o suficiente. Ser Igreja sim é suficiente, aí tanto faz qual igreja se frequenta, ou não se frequenta... A verdade é que hoje há muitos na igreja sem serem Igreja, assim como há muitos que são Igreja sem fazer parte de alguma igreja.
Quando Jesus fala que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, ELE está falando do Corpo e não da instituição.
Agora, quanto a igreja (instituição), cada uma faz o que acha certo para manter seu rebanho em 'pastos verdejantes'. Por isso há tanta diversidade, doutrinas e novidades entre as igrejas. Cada uma agrada um tipo de público, afinal é esse público que mantem a instituição e seus investimentos.
Vamos ao texto...

CONSTANTINO, LACTÂNCIO E O CRISTIANISMO IRREFORMÁVEL...

Depois da Era Apostólica Original, a comunidade mais ampla dos discípulos que permaneciam fiéis à Palavra dos Apóstolos, já mortos, estava cansada...; e as coisas somente pioravam... 
Já tinham passado por dez grandes perseguições gerais, muitas outras em regiões especificas e infindas de natureza individual e pessoal. 
Os Apóstolos haviam dito que “o tempo estava próximo”; mas eles próprios haviam partido e o Senhor não voltava...
Enquanto isto os discípulos não sabiam se ficavam nas cidades ou se buscavam refugio nos montes, covas, florestas, regiões distantes, em cidades subterrâneas, ou nos infindos túneis que cavaram, como ainda hoje se vê em muitos lugares, especialmente em Capadócia, na Turquia.
Aos olhos deles todas as predições de Jesus e dos Apóstolos estavam já cumpridas, pois, tudo o que tinham visto nos últimos 280 anos eram guerras e rumores de guerra, revoluções, terremotos, vulcões poderosos e devastadores, pragas, mortes em quantidade impensável, pestes chacinadoras, como nos dias do Imperador Décio; além de que não lhes faltaram [de Nero em diante] inúmeros candidatos perfeitos ao posto de Besta e de Anti-Cristo na Roma/Babilônia, na Grande Meretriz, na Cidade das Sete Colinas. 
Entretanto, apesar de tudo, quanto mais sofriam, mais cresciam e se espalhavam; de modo que a perseguição sempre foi o maior espalhador das sementes do Evangelho pelo mundo, desde o tempo dos Imperadores Romanos.
Todavia, o Senhor não voltava...; as perseguições não cessavam; e nem o Império se convertia... 
Foi nesse tempo de cansaço de esperança, porém de crescimento pela perseguição, que surgiu o Imperador Constantino.
O Império estava dividido, enfraquecido, invadido. Somente se impunha pela força dos mercenários e das expansões feitas pela brutalidade; enquanto Roma sucumbia à devassidão, à lassidão, à volúpia, a dês-humanização...
Do mesmo modo que o Império estava enfraquecido, seus deuses também estavam; posto que não impediam as invasões bárbaras; nem as rebeliões de escravos; nem as revoltas das nações conquistadas; nem os terremotos, nem as pragas, nem os vulcões, nem davam aos romanos nada que não fosse por eles tomado no saque que faziam às nações que submetiam, ainda que nunca definitivamente...
O Senhor não voltava, mas Constantino apareceu... Aleluia!... Gritavam os crentes!
Metido na sua corte, como seu escriba, estava um cristão chamado Lactâncio. Foi Lactâncio o “profeta” de Constantino. Foi dele a interpretação de que o meteoro caído diante deles antes do ataque a Roma, para tomar o poder, era um sinal de Jesus de que Constantino era o “escolhido”, o “cristo da história”, o Imperador que, pela espada, imporia o Reino de Deus, ainda que a proposta fosse que o império romano de Constantino não teria fim, sendo uma espécie de “reino davídico dos cristãos” — o que se tornou realidade/engano pelo fato de a Igreja Católica Apostólica Romana ser a Roma de Constantino e viver até aos dias de hoje...
Lactâncio teve um papel fundamental na construção de Constantino como o Décimo Terceiro Apóstolo de Jesus, o apóstolo imperador, o apóstolo da espada, o apóstolo das glórias terrenas e da Igreja Triunfante na Terra, não nos céus. 
Foi de Lactâncio a inspiração de que o “tamanho da igreja e sua presença em todo o império” seria de grande valor político para Constantino. Foi dele a idéia de colocar a chamada Cruz de Constantino como novo Emblema do Império, substituindo a Águia.
Também foi dele a idéia de fazer da fé em Jesus uma Religião Oficial no Império. Sim, o escriba Lactâncio foi um cristão cansado de ser perseguido e que estava próximo demais do poder para não tentar influenciar em nome de Jesus...
Ora, Lactâncio começou apenas buscando mais tolerância para os cristãos, no entanto, depois de um tempo suscitou no Imperador a certeza política de que o grupo dos escravos amantes de Jesus era a melhor base de apoio que ele poderia ter no Império, dado ao tamanho e à capilaridade da igreja dos discípulos de Jesus.
Foi dele também a idéia de que o Imperador agradaria aos cristãos construindo Basílicas nos lugares mais históricos para a fé dos cristãos...
Ele foi a peça fundamental também na construção dos elos entre o Imperador e os bispos das igrejas locais, ainda escondidas e intimidadas. 
Da noite para o dia os bispos viravam eminências pardas.
Depois Constantino aprendeu a andar com as próprias pernas, manobrando os bispos na medida em que lhes dava poder...
Foi por tal poder que o antigo crescimento dos cristãos se perdeu, virando inchaço e adesão... Logo surgiram os sincretismos... A seguir a bruxaria tomou conta em nome de Jesus. Por outro lado, surgiram os eruditos oficiais dos ditos de Deus, os teólogos; tudo sob o patrocínio do Imperador.
Constantino continuou matando e sendo inclemente com muitos... Foi ele quem primeiro invocou em “nome de Jesus” o principio diabólico da guerra santa e da igreja de espada na mão.
As raízes do Cristianismo Constantiniano [aliás, o único Cristianismo, posto que Jesus nunca tenha fundado nenhuma religião ou Cristianismo] — determinam até hoje quase tudo aquilo que a “igreja” chama de “Deus”, de “Jesus”, de “Igreja”, de “Doutrina”, de “Poder”, de “Estado”, de “Direito”, de “Ciência Teológica”; e está presente em todas as formas de governo e disciplina na “Igreja”.
Ora, como Jesus não voltara, mas Constantino aparecera como um ladrão de noite, os crentes logo celebraram a vitória de Constantino como uma manifestação da vinda do Senhor de forma diferente; como reino glorioso feito pelo poder de um império de trevas...
Em menos de trinta anos um grupo de milhões de discípulos de Jesus, que viviam de modo singelo e hebreu no caminhar, se tornou o poder dominante de um Império, do maior de todos os Impérios, do Império Romano; e, assim, sem pestanejar, reinterpretaram Jesus e a Sua vinda; e celebraram o reino de Deus nas garras da Meretriz Oportunista, que agora apenas dava aos famintos a chance de transformarem pedras em pães, de pularem do Pináculo do Templo com a escolta de anjos imperiais, em troca de darem apenas apoio político ao Imperador, enquanto eles, agora não mais Igreja, mas apenas “igreja”, ganhavam todos os reinos deste mundo...
Praticamente ninguém mais conseguiu ser cristão sem levar alguma marca da Besta Constantiniana; sim, seja nos temas da vida; na idéia acerca de quem é Deus; ou acerca da Trindade [esquartejada em Nicéia]; ou da noção de influencia do Reino de Deus neste mundo; ou de guerra santa e justa; ou de evangelização; ou de teologia; ou de credo; ou de modo de governo; ou de importância humana e histórica; e de um monte de outras coisas... — que não nos tenham vindo como herança de Constantino; e que influenciaram toda a “Cristandade”; e que deram forma ao Cristianismo, que fizeram uma Dieta no Protestantismo, mas que nele não perderam o DNA; e que hoje estão revividas com todas as forças entre os Evangélicos, todos eles, mas especialmente entre os Neo-Pentecostais. 
Hoje Constantino tem no Brasil a cara de um Macedino!...
Constantino é o Pai do Cristianismo!... 
O Católico, ou Universal em Constantino, não são termos que têm o sentido da catolicidade e da universalidade do espírito de tais termos conforme o espírito do Evangelho.
Católico e Universal em Constantino são termos que significam exatamente aquilo que os termos Católico e Universal se tornaram no Cristianismo...
Sim, Constantino é o Pai do Cristianismo!... Somente ele; e Jesus esteve fora...; sempre...
Jesus esteve presente como apenas sempre apenas nos corações; mas nada teve a ver com toda a História da Igreja de Constantino para cá.
Jesus teve a ver com a história de milhões de pessoas, mas não com a História da Igreja de Constantino, que é todo o Cristianismo, especialmente em sua manifestação ocidental, ainda que o fenômeno tenha sido “católico” em sua influencia “universal” do reino imperial de “Deus”...
Esta é a razão de a “igreja” ser tão diferente de Jesus e tão semelhante a Constantino.
Sim, pois o espírito do Cristianismo sempre foi e será “romano” em seu DNA; e tal espírito é anticristo em relação ao Evangelho de Jesus.
Somente o diabo faz de conta que não foi e não é assim!
Sim, mano, olhe no espelho e veja que você é a cara do Imperador Constantino; pois, se seu espírito é do Cristianismo, então, é de Constantino que você é filho!
É por esta razão que eu creio que o Cristianismo é irreformável...
Nele, em Quem não tenho nenhuma dúvida acerca do que disse acima,
Caio Fábio (10 de novembro de 2009)

Retirado do site www.caiofabio.com (http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=05510)

Ledinei Espindula

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

AMAR NOSSOS INIMIGOS??? mas como???

Esta foto mostra o lugar onde gostaríamos que estivessem os nossos inimigos. Ou só eu penso assim????

Como é sofrido quando se vive ligado emocionalmente ao seu inimigo, de modo que você permanece parado e ele continua caminhando... É isso mesmo... Ha muitos não vivendo por causa dos seus inimigos... Gastam tanta energia querendo ver o seu MAL que acabam deixando de viver o seu próprio BEM.

Mas sabiamente Jesus deixa um registro em Lucas 6:27 que desconcerta qualquer um em sua própria razão: "Mas Eu digo a vocês que estão me ouvindo: AMEM os seus inimigos e FAÇAM O BEM para aqueles que odeiam vocês".

Ao ler esse texto somos desafiados por Jesus a fazer algo contra nossa própria natureza.

No sermão do monte ELE instrui ainda que devemos orar pelos que nos perseguem (Mt.5:44). Que coisa louca se formos pensar em nossos relacionamentos atualmente. Amar os que nos odeiam... que contra-censo...

E como faremos isso??? AMAR nossos inimigos??? ORAR por eles??? fazer o BEM a eles??? Será que Jesus não estava enganado ao dizer isso???

Não. Definitivamente JESUS não estava enganado ao dizer essas palavras. Ao contrário, ELE sabia exatamente o quanto isso seria bom para nós, apesar de difícil e custoso.

Na verdade, nosso impulso, nossa tendência é "fritar" nossos inimigos. Nosso desejo é falar mal deles, amaldiçoá-los, atacá-los, denegrí-los com nossa justiça própria e torcer para que eles cada vez sejam mais infelizes. Isso porque queremos ter a falsa impressão de vingança. Parece que sentimo-nos bem ao ver nossos inimigos indo mal... Quase nos escapa publicamente um "bem feito...é Deus pesando a mão".

Se você também pensa assim, não se preocupe, você é normal. Deus não vai castigá-lo por isso, mas ELE quer ensiná-lo.

Por isso Jesus deixa uma orientação clara: devemos amar, orar e fazer o bem aos nossos inimigos.

E como fazer isso???

Sem dúvida, esse será um grande aprendizado que cada um de nós precisará, individualmente, desenvolver diária e constantemente.

É fácil?? Com certeza não, mas é RECOMPENSADOR... Porque nos mantêm no centro do evangelho, que é AMOR...

O que fazer então??? PRATICAR.

Comece a AMAR, comece a ORAR e a fazer o BEM para seus inimigos. Só então poderás experimenta o que isso significa na sua vida.

O EVANGELHO é assim mesmo... ensina essas coisas que parecem loucura aos olhos humanos. Já a RELIGIÃO e seus malefícios ensinam a mascarar esses ensinamentos e apesar de citá-los, pouco ajuda na hora de praticá-los.

Por isso, enquanto é tempo: FUJA DA RELIGIÃO E VIVA O EVANGELHO

Ledinei Espindula

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SEJAS BOM E TERÁS VITÓRIA!!!!! SERÁ???

Há algum tempo a religião vem ensinando que a vitória do cristão esta diretamente ligada ao esforço que este faz individualmente para agradar a Deus. Grande engano.

Este é um dos maiores erros da religião. Ensina-se as pessoas que os presentes (bençãos ou vitórias) que estes desejam ganhar de Deus dependem de seu bom comportamento.

É como se fosse um sistema de troca, onde ganha mais quem é mais bonzinho.

Notem que este ensinamento inicia-se já na Escola Bíblica Dominical.

No programa de ensino das professoras há a metodologia da compensação, onde o aluno aplicado, que não falta, que decora os textos bíblicos, que traz sempre a sua bíblia e participa das aulas é recompensado pelas seus acertos e cumprimento das tarefas.

Não há nada de errado nesta metodologia, aliás corretamente usada pode trazer muitos benefícios a pessoas e grupos.

No entanto, quando falamos de relacionamento com Deus não é possível a aplicação deste modelo, pois tudo é por GRAÇA, ou seja, algo que recebemos SEM MERECER.

Quem nunca ganhou um honra ao mérito na EBD? ou brindes e elogios pelo esforço e dedicação durante as aulas?

Isto faz com que a criança cresça inserida nesse contexto de troca, onde os bons são recompensados e os não tão bons, são diminuídos.

Obviamente este sistema é transportado ao relacionamento pessoal com Deus. Este aprendizado leva a criança, futuro adolescente/jovem/adulto, a construir uma falsa verdade: "se eu fizer tudo certo e me esforçar bastante, alcançarei a VITÓRIA".

A partir daí o ser humano vive uma vida inteira tentando ser bom o suficiente para merecer a graça de Deus. Será um longo caminho de grandes frustrações.

Por que? porque a graça de Deus é um favor imerecido. Nada do que possamos fazer ou esforço algum que possamos produzir nos fará mais ou menos amado por Deus, nos trará mais ou menos vitórias e bençãos.

Depois da EBD vem os ensinamentos do púlpito que enfatizam a importância de seguirmos uma vida de bons princípios, pois assim agradaremos a Deus e consequentemente alcançaremos o SEU favor.

Não há problema em ter uma vida pautada em bons princípios. Pelo contrário, isso é muito bom.

O problema está em condicionar o favor, o amor, a graça de Deus ao esforço humano de ser bom.

Precisamos aprender que no Reino de Deus as coisas são diferentes.

A maioria das coisas que conseguimos na vida é fruto de nosso desempenho, exceto nossa relação com Deus. Esta independe do que fazemos.

A religião ensina: Seja bom e esforça-te para agradar a Deus, pois dessa forma ELE o amará e o abençoará. (A benção e o amor de Deus estão condicionados ao esforço humano).

O evangelho ensina: Deus o ama independente do que você é ou faça. Apenas ame a Deus e tenha prazer nEle, dessa forma serás bom sem precisar se esforçar. (A benção de Deus é uma consequência do SEU amor e graça).

Por isso dizemos: Fuja da Religião, Viva o Evangelho...

Deixemos a graça do TODO PODEROSO fluir em nossa vida miserável sem a presunção de acharmos que a alcançaremos sendo bons.

Ledinei Espindula