quarta-feira, 20 de junho de 2012

IMPORTAR-SE COM PESSOAS (Ensinamento de Jesus)



11 E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão;
12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
13 E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.
14 E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.
15 E entregou-o a sua mãe. (Lucas 7:11-15)

Este é um texto bastante utilizado em pregações nas igrejas evangélicas. E sempre que ouvimos uma explanação sobre o tema, observamos a ênfase colocada na vitória e no milagre da ressurreição. 

Na verdade é um texto bastante forte à apelação teológica na qual facilmente leva-se a platéia ao delírio quando enfatiza-se o poder sobrenatural do Senhor para realizar aquilo que necessitamos e aparentemente é impossível acontecer. 

A teologia moderna tem feito muito isso: utiliza textos do evangelho para incentivar o "público evangélico" (fiéis dizimistas e ofertantes na Casa do Tesouro) a buscar aquilo que, segundo ela, é seu por direito.

Ai surgem jargões neo-pentecostais como: "declare", "exija", "tome posse", "traga a existência", "profetize"... e por aí vai... que são ensinados como fórmulas para conquistar vitórias.

Ou então, quantas vezes ouvimos afirmações e perguntas feitas pelo pregador deste texto como: 

- "...em qual multidão você se encontra? naquela que anda com Jesus ou naquela que chora suas perdas???", "...naquela dos esperançados, ou nas dos sem esperanças...??" 

- "...ELE, Jesus, vai ao seu encontro para resolver seus problemas..."

- "...ELE fará o impossível por você..."

Realmente não são mentiras, mas a forma como é colocado nos passa uma falsa impressão que Jesus existe apenas para solucionar nossos dilemas e consertar nossa vida. É como se, estando com ELE, temos um amuleto que nos ajudará a seguir adiante. Isso, é claro, desde que se faça tudo o que a religião manda...

Mas interessante mesmo é notar que o texto é simples, assim como todo o evangelho o é. Acompanhe.

Jesus vinha de Cafarnaum, onde havia presenciado, segundo Ele, uma fé nunca vista. Era o encontro dELE com o servo de um centurião romano que impressionou Jesus com sua fé.

Depois Jesus dirige-se a Naim e quando está entrando na cidade juntamente com uma multidão que O acompanha, depara-SE com uma cena que O enche de compaixão: uma viúva trazendo seu único filho a sepultura.

Jesus entende que a viúva está enterrando juntamente com o corpo do seu filho todo o restante de esperança que lhe sobrara. A esta mulher pouco restara. Sem marido e sem filho, que por ela intercedesse, seria desprezada pela sociedade.

Então Jesus fez o que veio ensinar: COMPADECE-SE e RELACIONA-SE.

Sim, ELE vê a mulher (COMPADECE-SE), chega até ela (RELACIONA-SE) e diz: "não chores". É como se ELE falasse: "entendo tua dor, entendo teu dilema, sei como serás tratada pelas pessoas daqui para frente e movi-ME de compaixão por ti". 

Ao devolver o filho aquela mãe ELE devolve também sua dignidade e sua esperança.

Com esta atitude, Jesus está nos ensinando a olhar ao redor, observar os que estão próximos, identificar suas necessidades, compadecer-se de suas misérias e estender a mão para amar e ajudar o próximo.

Isso mesmo. Foi algo sobrenatural o que ELE fez? Ressuscitar um garoto? Sem dúvida alguma...

Mas o mais importante no texto é o ensinamento claro que devemos nos IMPORTAR com pessoas, devemos nos COMPADECER de pessoas, devemos ser ÚTEIS a pessoas.

Assim é o evangelho. AMOR, RELACIONAMENTO e COMPAIXÃO.

Como eu e você temos agido diante das necessidades dos que nos rodeiam?

- alguém choroso por uma perda;
- alguém triste por uma desilusão;
- alguém desmotivado;
- alguém necessitando de um abraço;
- alguém precisando de esperança;
- alguém precisando de ajuda financeira;
- alguém carente de uma palavra de orientação...
- alguém... alguém... alguém...

No entanto, nos sentimos confortáveis em apenas cumprir a religião, levando nossos dízimos e ofertas a Casa do Senhor, obedecendo as palavras de nossos pastores, trabalhando com afinco nos ministérios da igreja como se tudo isso aquietasse nossa alma no sentido de 'dever cumprido'...

...e esquecemos o principal que foi ensinado por JESUS: IMPORTAR-SE COM PESSOAS; AMAR PESSOAS, VIVER O EVANGELHO.

E aí??? Como você tem agido???

Enquanto é tempo FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO (que é simples...)

Ledinei Espindula

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